quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

De volta no fim do ano.

É estranha a sensação de encontrar este blog. Um espaço que era só meu há alguns anos e de repente foi esquecido pelas curva bruscas da vida. Ou somente pela vida acontecendo.

É.

A vida acontece e a gente mal a acompanha. Quero dizer, acompanhar mesmo. Em 2016, meus filhos eram literalmente bebês. Hoje, são crianças que lêem. Sabe? Escrevem seus nomes e lêem. Pelo amor de Deus.

O tempo passa. A gente mal percebe.

Quando pisca, BAM! Eles já estão adolescentes. BAM! Adultos. BAM! A vida passou.

Passou rápido demais.

Deve haver um motivo para eu ter encontrado este blog entre teias de aranha, neste momento da minha vida onde, não por acaso, me encontro perdida. De novo. Mas desta vez, eu entendo os sintomas e sei o caminho. Mas sigo apavorada.

Eu fui criada pra ter medo, nada de novo sob o sol. Medo de me abrir, medo de sonhar, medo de ser eu mesma, muito diferente do resto.

Mas eu já sou diferente do resto. E muito, se quer saber. Sempre fui. Antes, eu achava ruim. Hoje, acho uma coisa incrível.

No entanto, ainda tenho muitas ressalvas de quem eu sou. Muita insegurança. Sobras deste passado temeroso. 

Ao menos agora faço terapia pra me ajudar a me sentir mais segura com como me sinto quando a vida acontece. Porque às vezes ela acontece fora do meu controle e eu me sinto péssima. 

Como agora.

Mas agora o que me incomoda é que em 38 anos eu ainda não encontrei meu lugar no mundo social. Não tenho uma galera, amigos, pessoas fora da família com quem posso contar. Quero dizer, eu admiro muita gente e tenho um puta carinho, mas tenho absoluta certeza que essa balança pende mais pro meu lado. O que não é culpa de ninguém, apenas das minhas expectativas errôneas.

Enfim, que confusão de informações.

Em suma, estou bem. Ainda trabalhando com social media em esports sem ter a certeza absoluta se trabalho por amar a área ou por ser apenas boa nisso. Com um medo pavoroso de descobrir que não seja nenhuma das alternativas e me encontrar mirando um sonho antigo que não tem mais forças pra alçar vôo. 

Talvez ele não seja apenas um sonho, mas a fagulha de algo que procuro há muitos, muitos anos: propósito.

Quem sabe nesta nova jornada, não?




Um comentário:

  1. Que saudade das suas escritas e como me identifico com o que você escreveu, de encontrar seu lugar social. Saiba que você não está sozinha nesse sentimento. Não para de escrever, você faz isso muito bem. Love you 😘

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